A sexta-feira chega e, junto com ela, a sensação de que a semana foi longa. Para amenizar o estresse - afinal você merece - vai com a turma do escritório almoçar um hambúrguer naquele novo restaurante perto do trabalho. Já que saiu da rotina, pede também bacon e refrigerante.
Essa é a sua despedida, já que na segunda-feira começa definitivamente a dieta e retoma a academia que não frequenta há duas semanas. À noite, é momento de relaxar com as amigas, então um choppinho com pastel é bem-vindo.
Sábado é dia de pizza com a família e você não vai abrir mão da tradição. No domingo, tem almoço na casa da sogra e a pedida é aquela super macarronada. À noite, o corpo começa a reclamar, com dores no estômago. Você se lembra que desde sábado de manhã não vai ao banheiro.
Se você se identificou com o parágrafo acima, está na hora de rever seus hábitos. Depois dos 25 anos, o corpo começa a mudar. Você já deve ter notado que não tem mais facilidade para perder os quilinhos que ganhou em uma viagem ou as medidas extras acrescentadas em um fim de semana. A verdade é que os quilos a mais não são o problema principal que a má alimentação causa no organismo.
Além deles, os maus hábitos alimentares vêm acompanhados de colesterol alto, gastrite, má digestão e até problemas mais graves como refluxo e, em longo prazo, diabetes. Sair da linha de vez em quando - uma ou duas vezes por mês - não é problema, desde que uma alimentação saudável e exercícios físicos sejam parte constante da rotina.
Parece saudável, mas…
O que muitos não sabem é que alguns alimentos tidos como saudáveis podem contribuir para que essas complicações apareçam. Barras de cereal, pão e biscoito integral e até o leite, desnatado ou não, podem ser vilões do aparelho gastrointestinal.
Produtos integrais
No caso das barrinhas, muitas contêm açúcar (e em grande quantidade). O pão integral industrial também pode usar desse artifício. Nem sempre a farinha usada é integral e ainda assim o produto é vendido como se fosse. Para diminuir o valor calórico, podem usar corantes e outros ingredientes que fazem tão mal quanto, como a gordura e farinha branca (!!!).
Carne vermelha
A carne vermelha, uma das principais fontes de proteína dos brasileiros, deixa o intestino mais lento por cobrar mais energia do aparelho digestivo, sem contar que pode ser prejudicial à saúde se consumida em excesso.
Alguns fatores da carne, como o hormônio usado para a engorda do gado e aquela casquinha que forma no churrasco podem intoxicar o organismo, contribuindo para o aparecimento de câncer de estômago e intestino. Vale também ficar atento ao consumo exagerado de produtos defumados, porque a fumaça contém composto nitrogenado, que interfere na produção das bactérias do intestino.
Leite
O leite, também uma significativa fonte de proteína, pode ser prejudicial quando consumido em excesso até para quem não tem intolerância à lactose. A bebida muda o PH do estômago, tornando-o mais alcalino o que, como um efeito rebote, faz aumentar a produção de mais ácido.
O resultado disso é aquela sensação de azia. Uma possível alternativa é o leite vegetal, que pode ser obtido a partir de castanhas, amêndoas, aveia e arroz.
Vegetais não orgânicos
Até mesmo verduras, legumes e frutas podem fazer mal à saúde devido ao uso de agrotóxicos. Por isso, dê preferência aos produtos orgânicos que, apesar de mais caros, são verdadeiramente mais saudáveis e até mais gostosos, pois são livres de produtos nocivos à saúde. Caso você tenha dificuldade de encontrá-los, não se preocupe: basta lavar os vegetais com bucha e sabão e enxaguá-los bem.
Por outro lado...
O chocolate e o café também já foram considerados proibidos principalmente para quem sofre de gastrite, mas pesquisas recentes indicaram que ambos têm propriedades benéficas para o organismo.
O café puro e o chocolate amargo, com mais de 60% de cacau na composição, podem ajudar na prevenção do Alzheimer e de doenças no fígado. Ambos são ricos em elementos antioxidantes, que previnem o envelhecimento das células. O principal vilão da história é o açúcar que você coloca no cafezinho, bem como o que está contido no chocolate ao leite.
Para conhecer o que você come, leia atentamente as embalagens dos produtos. Os elementos que os compõem estão listados a partir do ingrediente de maior concentração.
Ou seja, se o primeiro ingrediente descrito na embalagem for açúcar, devolva à prateleira e escolha outra opção. Pequenas atitudes fazem grande diferença na sua saúde.
Este artigo foi originalmente publicado em 16/10/2015 e atualizado.
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