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Oncologia

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Carcinoma basocelular: conheça o tipo mais comum de câncer de pele

O carcinoma basocelular é o câncer mais comuns no Brasil e, em geral, apresenta alta taxa de cura quando detectado e tratado precocemente
RS
Dr. Renato Santos de Oliveira Filho - Cirurgião Oncológico Atualizado em 28/11/2024
Carcinoma de células escamosas da pele: entenda o que é, causas e sintomas

Doença está associada ao excesso de radiação ultravioleta, que pode decorrer da exposição solar inadequada e do uso de câmaras de bronzeamento artificial

O câncer de pele é o tumor maligno mais frequente no Brasil, de acordo com dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer). Essa doença consiste na proliferação anormal e descontrolada das células da pele (queratinócitos da camada basal) e pode se apresentar de diversas formas, sendo a mais comum o carcinoma basocelular nodular.

O que é carcinoma basocelular?

O carcinoma basocelular é um tipo de câncer de pele não melanoma – ou seja, cuja origem são outras células que não as produtoras da melanina. Esse tumor surge nas células basais,

que compõem a camada mais profunda da epiderme (que, por sua vez, é a camada mais superficial da pele).

Geralmente, o carcinoma basocelular tem uma evolução lenta e um baixo risco de se espalhar para outras partes do corpo (metástase).

Carcinoma basocelular é maligno?

Sim, o carcinoma basocelular é um tumor maligno. Isso quer dizer que as células envolvidas na doença crescem de maneira desordenada e têm a capacidade de infiltrar os tecidos vizinhos e, embora raro, pode se espalhar para outros órgãos e tecidos, não se limitando ao local em que surgiram.

O que causa carcinoma basocelular?

A principal causa do carcinoma basocelular é o excesso de exposição à radiação ultravioleta. Esse problema costuma estar associado à luz solar, mas também pode decorrer do uso de câmaras de bronzeamento artificial.

Vale ressaltar que, justamente por causa do risco à saúde, as câmaras de bronzeamento artificial são proibidas no Brasil por determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Já a exposição à luz solar é saudável desde que seja feita com moderação e com proteção adequada. Se for excessiva, provoca danos significativos ao DNA das células da pele.

Também existem outros fatores que aumentam o risco de desenvolvimento do carcinoma basocelular, como ter pele clara, imunossupressão e/ou xeroderma pigmentoso.

Quais são os sintomas de carcinoma basocelular?

O carcinoma basocelular gera lesões cutâneas, que podem se manifestar de diversas maneiras, incluindo:

· Manchas que ardem, descamam, coçam ou sangram;

· Feridas que não cicatrizam em até quatro semanas;

· Pintas claras, que podem ser escavadas (mais profundas no centro) ou ter aparência perolada (brilhosa);

· Nódulos de aspecto grosseiro.

Tais lesões também podem ter outras características sugestivas de câncer de pele, como assimetria, bordas irregulares, variedade de cores e diâmetro maior que 6 milímetros, além de apresentar mudanças de tamanho, cor, formato ou textura ao longo do tempo.

Cabe mencionar que, às vezes, o carcinoma basocelular pode ser similar a lesões de doenças benignas (como eczema e psoríase). Por isso, é importante que cada caso seja avaliado individualmente por um médico.

Carcinoma basocelular no nariz

Muitas vezes, o carcinoma basocelular acomete áreas do corpo como couro cabeludo, ombros, orelhas, pescoço e rosto – incluindo o nariz. Essas regiões são mais suscetíveis ao tumor porque tendem a receber mais radiação solar. Além disso, a pele é mais fina, o que também pode facilitar o crescimento do tumor.

Os sintomas do carcinoma basocelular no nariz são semelhantes aos que aparecem em outras áreas do corpo. Ele costuma se manifestar como uma lesão pequena e brilhante, muitas vezes perolada, que pode ter uma coloração rosada, vermelha ou translúcida. Em alguns casos, pode haver pequenos vasos sanguíneos visíveis, e a lesão pode formar crostas ou apresentar sangramentos leves.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico inicial do carcinoma basocelular é clínico, sendo realizado a partir de um exame físico do paciente. O médico observa as características da lesão e, se necessário, utiliza um dermatoscópio, aparelho que amplia a imagem e permite a análise de camadas da pele não vistas a olho nu.

Para confirmar o diagnóstico, deve ser feita uma biópsia, ou seja, a retirada de um pequeno pedaço de tecido da área afetada para estudo anatomopatológico em laboratório.

Qual médico procurar

O médico mais adequado para avaliar alterações na pele é o dermatologista, mas o oncologista e o clínico geral também podem avaliar lesões cutâneas.

Após esta avaliação inicial e, se necessário, o dermatologista e o clínico geral podem encaminhar o paciente para um oncologista.

Qual é o tratamento para carcinoma basocelular?

O carcinoma basocelular tem baixa letalidade. Existem várias abordagens terapêuticas e, quando o diagnóstico e o tratamento são precoces, as chances de cura são altas.

A principal forma de tratamento é a cirurgia excisional, que visa remover totalmente o tumor com um bisturi, retirando também uma margem de pele sadia ao redor da lesão.

Há ainda outras opções de intervenção, como:

· Curetagem (raspagem da lesão e uso de bisturi elétrico para destruir as células tumorais);

· Criocirurgia (destruição do tumor por meio do congelamento das células tumorais);

· Cirurgia a laser (remoção das células tumorais por laser);

· Terapia fotodinâmica (destruição das células tumorais pela exposição a um tipo específico de luz);

· Radioterapia, quimioterapia ou imunoterapia, se a retirada da lesão não for viável ou suficiente.

Cada técnica tem suas particularidades, sendo necessária a avaliação de um médico para determinar qual é a abordagem mais adequada para cada paciente.

Como prevenir a doença

A principal medida para prevenir o carcinoma basocelular é evitar a exposição excessiva ao sol. Por isso, recomenda-se:

· Não se expor ao sol entre 10h e 16h;

· Passar protetor solar diariamente e reaplicá-lo conforme indicado na embalagem;

· Utilizar roupas com proteção UV e chapéus;

· Em ambientes abertos, permanecer em locais com sombra.

Além disso, é fundamental frisar que câmaras de bronzeamento artificial não devem ser usadas.

Oncologia no Hospital Nove de Julho

O Hospital Nove de Julho dispõe do Centro de Oncologia e um Setor de Melanoma e Tumores Cutâneos, contando com uma estrutura completa para cuidar integralmente dos pacientes: há Centro Cirúrgico equipado com robôs de alta tecnologia, Centro de Diagnósticos, Internação, UTI e Pronto-Socorro 24h para adultos e crianças.

O corpo clínico, formado por oncologistas e especialistas complementares (como geneticista, nutrólogo, vascular e radioterapeuta), é altamente capacitado para acolher e orientar os indivíduos em todas as etapas do diagnóstico e do tratamento.

O Centro de Oncologia do hospital fica em um bloco exclusivo, fora do ambiente hospitalar, localizado na Rua Peixoto Gomide, 613 - Jardim Paulista.

Escrito por
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Dr. Renato Santos de Oliveira Filho

Cirurgião Oncológico
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