O tratamento geralmente é cirúrgico, visando a remoção total da lesão maligna
A exposição excessiva à radiação ultravioleta, emitida pelo sol e por equipamentos como câmaras de bronzeamento artificial, é um dos principais fatores capazes de prejudicar a pele. Isso pode danificar o DNA de algumas células e aumentar expressivamente o risco de desenvolver problemas de saúde, a exemplo do carcinoma espinocelular.
O que é carcinoma espinocelular?
O carcinoma espinocelular é um tumor maligno que acomete as células escamosas, sendo considerado o segundo câncer de pele mais frequente. As células escamosas estão presentes na parte mais externa da epiderme (que é a camada mais superficial da pele) e são importantes para proteção cutânea.
Na comparação com o carcinoma basocelular, que surge nas células basais da pele e geralmente tem uma evolução mais lenta e um comportamento menos agressivo, o carcinoma espinocelular pode ter uma progressão um pouco mais rápida e um risco maior de se espalhar para outras partes do corpo (metástase) caso não seja tratado adequadamente.
Carcinoma espinocelular é maligno?
Sim, o carcinoma espinocelular é um tumor maligno. Ele ocorre quando as células escamosas começam a crescer de forma descontrolada, formando tumores que podem invadir outros tecidos e órgãos.
O que causa carcinoma espinocelular?
O carcinoma espinocelular é causado, sobretudo, pelo excesso de radiação ultravioleta, que produz danos no DNA das células escamosas. Isso comumente resulta da exposição inadequada ao sol (exposição prolongada ou sem a aplicação de filtro solar e outras proteções) ou do uso de câmaras de bronzeamento artificial (que são proibidas no Brasil).
Há também outros fatores que podem aumentar o risco de um indivíduo desenvolver carcinoma espinocelular, incluindo ter pele clara, imunossupressão ou doenças como xeroderma pigmentoso e queratose actínica.
Quais são os sintomas de carcinoma espinocelular?
Geralmente, o carcinoma espinocelular se manifesta por meio de feridas cutâneas persistentes (que não cicatrizam) e manchas avermelhadas que sangram ou descamam.
O risco de tais lesões estarem associadas a câncer pode ser maior se elas apresentarem assimetria, bordas irregulares, variedade de cores, diâmetro maior que 6 milímetros ou mudanças (de tamanho, cor, formato ou textura) ao longo do tempo.
Na presença de uma alteração suspeita, é fundamental consultar um médico. Vale ressaltar que o carcinoma espinocelular, quando detectado e tratado precocemente, apresenta boas taxas de cura.
Carcinoma espinocelular na boca
O câncer de pele tende a aparecer em regiões mais expostas ao sol, como couro cabeludo, pescoço e rosto. Mas também é possível que ele surja em outras áreas do corpo, incluindo a mucosa da boca. O tabagismo e o etilismo são fatores de risco relevantes para esse tipo de câncer, que está associado a sintomas como feridas que não cicatrizam e áreas esbranquiçadas ou avermelhadas na boca.
Qual médico procurar?
Alterações na pele costumam ser avaliadas pelo médico dermatologista. Esse profissional pode fazer o diagnóstico e o tratamento do carcinoma espinocelular ou, se julgar necessário, encaminhar o paciente a um oncologista.
Como é feito o diagnóstico?
O carcinoma espinocelular é detectado por meio de um exame físico do paciente. Na maioria das vezes, o procedimento é conduzido pelo dermatologista com o auxílio de um dermatoscópio (instrumento que aumenta a imagem e permite a avaliação das camadas da pele com mais detalhes). Para confirmar o diagnóstico, deve ser realizada uma biópsia (retirada de uma amostra da lesão para análise em laboratório).
Tratamento para carcinoma espinocelular
O principal tratamento é a cirurgia. Essa abordagem consiste na remoção completa da lesão, incluindo também a retirada de uma margem de pele sadia do entorno.
Há ainda outras opções de intervenção, como:
· Curetagem (raspagem da lesão e uso de bisturi elétrico para destruir as células tumorais);
· Criocirurgia (destruição do tumor por meio do congelamento das células tumorais);
· Cirurgia a laser (remoção das células tumorais por laser);
· Terapia fotodinâmica (destruição das células tumorais pela exposição a um tipo específico de luz);
· Radioterapia, quimioterapia ou imunoterapia, se a retirada da lesão não for viável ou suficiente.
Cada técnica tem suas especificidades, sendo imprescindível a avaliação de um médico para definir qual é a abordagem mais adequada para cada paciente.
Oncologia no Hospital Nove de Julho
O Hospital Nove de Julho dispõe do Centro de Oncologia e um Setor de Melanoma e Tumores Cutâneos, contando com uma estrutura completa para cuidar integralmente dos pacientes: há Centro Cirúrgico equipado com robôs de alta tecnologia, Centro de Diagnósticos, Internação, UTI e Pronto-Socorro 24h para adultos e crianças.
O corpo clínico, formado por oncologistas e especialistas complementares (como geneticista, nutrólogo, vascular e radioterapeuta), é altamente capacitado para acolher e orientar os indivíduos em todas as etapas do diagnóstico e do tratamento.
O Centro de Oncologia do H9J fica em um bloco exclusivo, fora do ambiente hospitalar, localizado na Rua Peixoto Gomide, 613 - Jardim Paulista.