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Doenças Respiratórias

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Conheça a bactéria do ar-condicionado (e saiba evitar a Legionelose)

Leia mais e tenha informações seguras sobre saúde.
AK
Dr. Alexandre Kawassaki - Pneumologista Atualizado em 16/01/2019

Até o fim desse verão, que acaba nos últimos dias de março, a previsão é que as temperaturas em terras tupiniquins estejam próximas ou até acima dos 30ºC, com sensação térmica ainda maior.

Desse jeito, é quase irresistível ficar perto dos condicionadores de ar, especialmente se considerarmos que estamos expostos a eles no ambiente de trabalho, nos shopping centers, nos cinemas, nos carros e até mesmo em casa.

O problema é que, apesar do conforto térmico oferecido pelo aparelho, estamos expostos também à ação nociva de micro-organismos, um deles é a bactéria Legionella pneumophyla.

A bactéria causa a legionelose, doença pouco conhecida, mas que pode resultar em graves complicações, incluindo a morte em situações extremas. Uma vez que a Legionella pneumophyla é aspirada, ela se aloja nos alvéolos pulmonares e pode causar uma forte pneumonia.

Sintomas

O diagnóstico da doença não é simples, já que a manifestação nos exames de raios X é muito discreta. A pessoa infectada, contudo, fica bastante debilitada e apresenta sinais que podem levar à suspeita da legionelose.

Os primeiros sintomas são dores de cabeça, dores musculares e febre alta. O quadro pode evoluir ainda para tosse, falta de ar e dores no peito. Ao identificar esses sintomas, é preciso buscar ajuda médica o quanto antes, já que o diagnóstico precoce auxilia o tratamento, feito à base de antibióticos.

Pessoas com mais de 45 anos, fumantes ou ainda pacientes com baixa imunidade fazem parte do grupo de risco. Como a bactéria se prolifera via gotículas de água, não existe risco na transmissão de pessoa para pessoa.

Limpeza

O filtro do ar-condicionado doméstico e dos automóveis devem ser trocados a cada seis meses, seguindo as orientações do fabricante. No ambiente de trabalho, a mesma medida deve ser tomada por uma equipe especializada na limpeza e manutenção dos aparelhos. 

Como nem sempre temos controle sobre isso, que tal incentivar uma ação de conscientização no ambiente corporativo? Para ajudar, indicamos uma resolução da Anvisa que define os padrões de qualidade em ambientes climatizados de uso público e coletivo.

Mas vale lembrar que o ar-condicionado não é o único vilão na proliferação da bactéria: como ela sobrevive em locais com água, é preciso se atentar também à limpeza de banheiras, piscinas, chuveiros, nebulizadores e umidificadores de ar, bastante comuns nessa época, especialmente em regiões quentes e secas.

Dr. Alexandre Kawassaki é pneumologista do Hospital 9 de Julho.

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