Logo

Oncologia

3 minutos de leitura

Conheça os sintomas de câncer de pâncreas na fase inicial

Saiba Mais
FM
Dr. Felipe Moraes Toledo Pereira - Oncologista Atualizado em 26/10/2021

O pâncreas é uma glândula que faz parte dos sistemas digestivo e endócrino, pesa aproximadamente 100 gramas e mede 15 cm em um adulto, ele fica localizado atrás do estômago e, lateralmente, está entre o fígado e o baço. O órgão exerce a função de produzir hormônios como insulina, somatostatina e glucagon, que são responsáveis por regular os índices de glicose no sangue. Além disso, desempenha o papel de produzir enzinas como tripsina, lipase e amilase, que são importantes para o processo de digestão. Ele é divido em três partes: o lado direito do órgão (a cabeça) – principal parte que é acometida por câncer – e as demais: o corpo (centro) e a cauda (lado esquerdo). 

O câncer de pâncreas é uma doença de difícil detecção, assintomática nos estágios iniciais e, comumente, agressiva quando se trata do seu principal subtipo: o adenocarcinoma (90% dos casos diagnosticados). Por esse motivo, apresenta uma elevada mortalidade. No Brasil, representa cerca de 2% dos diagnósticos de câncer, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). 

O Dr. Felipe Moraes, oncologista do Hospital Nove de Julho, explica quais são os principais sintomas e o tratamento. Saiba mais! 

Quais os primeiros sintomas de câncer de pâncreas?

Um dos motivos que levam ao diagnóstico tardio é o fato de os sintomas do câncer de pâncreas não serem específicos dessa doença. No entanto, ao surgirem é importante que sejam avaliados por um médico, sobretudo se forem persistentes. Conheça os principais sinais: 

  • Perda de peso;

  • Falta de apetite;

  • Dor no abdome, principalmente na parte de cima do abdome e quando se irradia para a região das costas;

  • Fraqueza;

  • Urina escura em associação com fezes claras;

  • Náuseas;

  • Pele e olhos amarelados (icterícia).

Qual exame detecta o câncer de pâncreas?

A detecção precoce do câncer é um método utilizado para identificar um tumor em uma fase inicial e, assim, aumentar a chance de um de bom tratamento. Ela pode ser feita por meio de análise com auxílio de exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos, em pessoas com sinais e sintomas que sugerem a doença ou em pessoas que não apresentam os sintomas. No entanto, o diagnóstico precoce do câncer de pâncreas só é possível em uma parcela dos casos, uma vez que a maioria só apresente sinais e sintomas em fases já avançadas da doença.

“Não existem exames de rotina para detecção precoce do câncer de pâncreas em pacientes assintomáticos, infelizmente", explica o médico.

O Dr. Felipe Moraes também reforça que, “a história familiar de câncer de pâncreas; tabagismo; obesidade e pancreatite crônica são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Não são conhecidas associações alimentares específicas", explica o médico. Saiba mais sobre câncer e alimentação.

Como saber se tenho problemas no pâncreas?

Devido à ausência de sinais e sintomas em maior parte dos casos, não é possível identificar sem a realização de exames de imagem como: tomografia computadorizada, endoscopia, ultrassonografia, além de exames laboratoriais como de sangue e também o laudo histopatológico, em resultado de uma biópsia, que podem auxiliar o médico no diagnóstico. Não está indicado, no entanto, nenhum método de rastreamento populacional, como acontece com o câncer de mama, por exemplo. 

O médico enfatiza que “estilo de vida saudável, com controle de peso, atividades físicas regulares, alimentação balanceada e cessação do tabagismo são fundamentais na prevenção dos cânceres de uma forma geral". Saiba mais sobre como reduzir o risco de câncer.

Qual médico devo procurar?

O cuidado de doenças relacionadas ao pâncreas, órgão fundamental ao aparelho digestivo, deve ser feito por um gastroenterologista ou cirurgião do aparelho digestivo, aptos ao cuidado de problemas digestivos.

“O tratamento em casos que câncer de pâncreas, habitualmente é feito por meio de uma combinação de estratégias de quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Sempre em centros de excelência e em trabalho multidisciplinar como ocorre no Hospital Nove de Julho", reforça o médico.

Escrito por
FM

Dr. Felipe Moraes Toledo Pereira

Oncologista
Escrito por
FM

Dr. Felipe Moraes Toledo Pereira

Oncologista