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Clínica da Mulher

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Corrimento vaginal – uma queixa comum das mulheres

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Dra. Silvia Leite - Ginecologista Atualizado em 29/07/2024

Você sabia que corrimento vaginal é a causa mais frequente de consulta ao ginecologista? No entanto, muitas pacientes se queixam dessa condição, quando na verdade possuem apenas a secreção vaginal normal, produzida naturalmente em todas as mulheres.

Tal secreção, chamada de “fisiológica”, pode variar conforme a fase do ciclo menstrual e as etapas do ciclo de vida feminino, diminuindo, por exemplo, após a menopausa. Produzida por glândulas da vulva, da vagina e do colo do útero, esta secreção se apresenta como um corrimento transparente ou branco, inodoro, com um aspecto de muco e homogêneo.

O que é corrimento vaginal?

O corrimento vaginal verdadeiro seria a alteração das características da secreção vaginal natural e pode ocorrer pela proliferação anormal de micro-organismos pertencentes à flora vaginal ou que foram sexualmente transmitidos, que são os denominados de vulvovaginites. Os principais corrimentos nas mulheres são a Candidíase vulvovaginal e a Vaginose bacteriana

Vamos entender um pouco sobre elas.

Vaginose bacteriana

É a causa de 40% a 50% das vulvovaginites e é desencadeada por um desequilíbrio não explicado da flora vaginal, resultando em diminuição acentuada dos lactobacilos presentes na vagina de todas as mulheres e aumento excessivo das bactérias anaeróbicas também comuns à vagina. Merece destaque como organismo causador a bactéria Gardnerella vaginalis.

Esta anomalia se apresenta como um corrimento vaginal homogêneo, branco-acinzentado, algumas vezes bolhoso e com odor fétido, especialmente após relação sexual ou no período menstrual. O tratamento é feito com antibiótico via vaginal em forma de pomadas ou via oral com comprimidos e não é necessário tratar o parceiro.

Candidíase vulvovaginal

A candidíase vulvovaginal é caracterizada pela infecção da vulva e da vagina pelas várias espécies de Cândida, um tipo de fungo. Merece destaque a Candida albicans, fungo que habita a vagina de um terço das mulheres. Esta é a segunda maior causa de corrimento vaginal.

A principal queixa é de coceira na vulva e na vagina, associada a um corrimento branco, denso e inodoro, com aspecto de “leite coalhado” ou papel picado. A mulher pode apresentar vermelhidão e ardor dos órgãos genitais externos, dor ao urinar e durante as relações sexuais.

Confira alguns fatores de risco para candidíase:

  • Gravidez;

  • Diabetes;

  • Obesidade;

  • Uso de antibióticos;

  • Uso de corticoides;

  • Uso de anticoncepcionais orais;

  • Hábitos de higiene inadequados;

  • Uso de roupas justas, meias de nylon e calcinhas não feitas de algodão;

  • Contato com substâncias que causem alergia ou irritação como desodorantes íntimos, lenços umedecidos;

  • Imunodeficiências, incluindo a infecção pelo HIV;

  • Estresse emocional.

Tratamento para candidíase bacteriana

O tratamento é feito com antifúngicos, geralmente local, com o uso de cremes vaginais específicos, ou pode ser feito via oral, com comprimidos. O parceiro não precisa ser tratado a não ser que tenha sintomas ou que a mulher tenha apresentado quatro ou mais episódios no ano.

Diagnóstico dos corrimentos: como é feito?

O diagnóstico dos corrimentos se dá através da história da paciente e exame ginecológico em consulta médica pela ginecologista. Em casos de dúvidas, podem ser necessários exames complementares como cultura da secreção vaginal, entre outros.

Na dúvida, procure sempre seu ginecologista. Ele poderá tirar suas dúvidas e tratá-la sempre que for necessário.

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Escrito por
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Dra. Silvia Leite

Ginecologista
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Dra. Silvia Leite

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