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Doação de órgãos: sua vida vale por muitas

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H9J
Equipe Hospital Nove de Julho - Corpo Clínico Atualizado em 30/08/2019

O mês de  setembro é dedicado a sensibilizar as pessoas da importância da doação de órgãos, chamado de Setembro Verde. Comemorado no dia 27, o Dia do Doador de Órgãos foi criado para mostrar o quanto um gesto simples pode salvar muitas vidas. Embora o número de doadores tenha crescido no Brasil, cerca de 32 mil pessoas ainda estão na fila de espera por um órgão, sendo 15 mil somente no Estado de São Paulo. Os dados são do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT).

Com foco na alta complexidade, o Hospital 9 de Julho possui autorização para realizar transplantes de órgãos e tecidos desde 2009 e a Comissão Intrahospitalar de Transplante (CIHT) trabalha na busca ativa de potenciais doadores de órgãos, oferecendo apoio às famílias e atuando na educação de pacientes e familiares esclarecendo dúvidas sobre o processo de doação.  

Com atendimento de qualidade, alta tecnologia, infraestrutura e equipe interdisciplinar formada por médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e farmacêuticos, a instituição acompanha o paciente indicado ao transplante em todas as fases do procedimento.

Tipos de transplantes realizados aqui 

A  instituição realiza transplantes de córnea, rim, fígado, músculo esquelético e medula óssea. Em 2017, por exemplo, realizou aproximadamente 55 transplantes. Para coração, pulmão e pâncreas o H9J oferece toda a estrutura necessitando somente de autorização da Central Nacional de Transplantes quando houver necessidade de realização.

Quando um paciente é indicado para um transplante de órgão sólido, ele é inscrito em uma lista única atualizada periodicamente para que os órgãos doados sejam alocados para os receptores, conforme a necessidade e compatibilidade.

Doação após a morte

A doação de múltiplos órgãos como: coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas  e tecidos (córneas, pele e ossos) é possível de ser realizada somente quando um paciente tem a morte encefálica decretada. Este diagnóstico frequentemente surge após acidentes de trânsito ou queda, onde ocorreu um Traumatismo Crânio Encefálico (TCE), ou ainda após o paciente ter sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC). 

Após a autorização familiar para a doação de órgãos são realizados testes de compatibilidade entre o doador e potenciais receptores. Quando o paciente é indicado para um transplante de órgão sólido, ele é inscrito em uma lista única, atualizada periodicamente para que os órgãos doados sejam alocados conforme a necessidade e compatibilidade aos receptores.

Para melhorar os números de doação, a Comissão Intrahospitalar de Transplante do H9J trabalha na busca ativa de potenciais doadores de órgãos, apoio às famílias, esclarecimento de dúvidas e na conscientização de pacientes e familiares. "O processo de educação é estendido aos colaboradores, por meio de campanhas e palestras, abordando a importância da doação de órgãos, desmistificando mitos existentes na população. Doação é um ato gratuito, de amor, benevolência e altruísmo", afirma a Enfa Walquiria Santana,  coordenadora do CIHT do H9J.

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Transplante de córnea

A córnea é uma estrutura transparente localizada na parte anterior do globo ocular, ou seja, na frente do olho. Trata-se de um tecido fino, delicado e transparente que nos permite ou não enxergar com nitidez. Se a córnea se tornar opaca, por enfermidades hereditárias, lesões, infecções, queimaduras por substâncias químicas, enfermidades congênitas ou outras causas, a pessoa pode ter a visão bastante prejudicada. 

O transplante de córnea é uma cirurgia que consiste em substituir uma porção da córnea doente, de forma total ou parcial, por uma córnea saudável.

Transplante musculoesquelético

Este tipo de transplante visa usar tecidos e ossos de Banco de Tecidos para realizar enxertia em cirurgias ortopédicas. Segundo o Dr. Daphins Gonçalves de Souza, ortopedista especialista em transplante musculotendinoso, o Centro Cirúrgico do H9J é preparado para a realização deste tipo de procedimento e os profissionais de enfermagem têm a qualificação necessária para descongelamento do tecido e preparo adequado para a cirurgia.

A maior demanda para este tipo de transplante são as lesões múltiplas apresentadas normalmente por pacientes jovens esportistas de alta performance. A vantagem, de acordo com o médico, é a menor morbidade da área doadora, menos dor no pós-cirúrgico e menor risco de rejeição do tecido doado.

Transplante de rim

O transplante de rim é outro procedimento realizado no Hospital 9 de Julho, que consiste na substituição de um rim doente, por um saudável, com objetivo de compensar a função renal perdida. De acordo com a Dra. Zita Maria Leme Brito, nefrologista e doutora em transplante renal, o H9J possui expertise para realizar tanto o transplante intervivos – normalmente doado por um familiar (pai, mãe, irmãos, esposa etc) e o doador falecido. Neste último caso, segundo a médica, o paciente entra em uma fila única da Secretaria da Saúde e, após critérios de compatibilidade e, se necessário, desempate baseado em pontuação considerando tempo de terapia renal substitutiva, doença de base e Painel ou PRA (Porcentagem de Anticorpos Reativos), o paciente é designado a receber o rim doado. 

"No caso do transplante intervivos, o H9J conta com sala cirúrgica conjugada, pois a cirurgia é feita quase que instantaneamente entre a retirada do órgão do doador e a de transplante para o doente".

Antes da cirurgia, o paciente passa por avaliação médica e faz acompanhamento multidisciplinar com psicólogo, nutricionista, farmacêutico etc.

Transplante de fígado

O Hospital 9 de julho conta com profissionais experientes na área de transplantes de fígado.  "Nosso time tem o DNA da equipe pioneira dos transplantes de fígado no Brasil", revela o Dr. Carlos Baía. 

No 9 de Julho foram acompanhados casos graves e também raros, como um re-transplante 18 anos após o primeiro transplante devido a trombose de artéria hepática. 

O Hospital 9 de Julho também está preparado para transplantes de fígado intervivos. Isso significa que o paciente com um fígado doente recebeu uma parte do fígado de um doador vivo e com o órgão sadio.  Uma das equipes responsáveis é coordenada pelo Prof. Dr. Luiz Augusto Carneiro D'Albuquerque.

O transplante com doador vivo possibilita um tratamento mais rapidamente, isso porque a fila de espera de um órgão de uma pessoa com morte encefálica é grande e demorada e, muitas vezes, o paciente não tolera a espera por um órgão e pode evoluir ao óbito.

Para marcar consultas e exames, ligue para 11 3147-9430.

Escrito por
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