O emagrecimento consiste na eliminação de gordura corporal. Ele tende a ser recomendado sobretudo em casos de sobrepeso e obesidade, com o objetivo de evitar complicações de saúde.
Para ser seguro, o ideal é que esse processo seja orientado e acompanhado por profissionais qualificados – como médicos, nutricionistas e psicólogos. Confira a seguir mais informações.
Quais são os riscos do sobrepeso e da obesidade?
O sobrepeso e a obesidade, principalmente quando há maior acúmulo de gordura na região abdominal (gordura visceral), são condições que aumentam o risco de desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes e hipertensão arterial – o que, por sua vez, eleva o risco de complicações cardiovasculares, como infarto e AVC. Também pode haver maior risco de surgimento de alguns tipos de câncer.
Vale esclarecer que o sobrepeso e a obesidade são comumente definidos pela relação entre peso e altura, que resulta no Índice de Massa Corporal (IMC). De forma geral, a classificação é a seguinte:
IMC abaixo de 25 kg/m2: peso normal;
IMC entre 25 e 30 kg/m2: sobrepeso;
IMC acima de 30 kg/m2: obesidade.
Em idosos com mais de 65 anos, a composição corporal muda. Portanto, nessas situações, o IMC de até 27 kg/m2 é considerado normal, enquanto valores acima de 32 kg/m2 são associados à obesidade.
Além do IMC, há outros parâmetros relevantes, como circunferência abdominal (medida com fita métrica) e composição corporal (medida pelo exame de bioimpedância). É importante ressaltar que o IMC como parâmetro isolado pode falsear o diagnóstico. Por isso, analisar o conjunto de informações é imprescindível para uma avaliação mais assertiva.
Quando o emagrecimento é indicado?
O processo de emagrecimento corresponde à eliminação de gordura corporal – o que é diferente de perder peso por desidratação, por exemplo. Para perder gordura, é necessário diminuir a quantidade de calorias ingeridas diariamente e aumentar a quantidade de calorias gastas em atividades físicas. Deste modo, o corpo utiliza a gordura como fonte de energia.
A recomendação médica para que haja emagrecimento é quase sempre direcionada a pacientes com sobrepeso ou obesidade (portanto, com IMC alto, acúmulo de gordura abdominal e percentual alto de gordura visceral).
Emagrecimento saudável
O emagrecimento saudável é caracterizado por:
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Ser intencional (ou seja, não acontecer em função de uma doença);
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Não restringir exageradamente grupos alimentares (pois a limitação extrema pode gerar carências nutricionais);
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Não haver grande perda associada de massa muscular (embora essa perda ocorra, em alguma medida, em emagrecimentos mais acentuados).
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Para que esse processo seja seguro à saúde, é fundamental contar com acompanhamento médico e nutricional.
Endocrinologista para emagrecimento: quando procurar o especialista?
Idealmente, pacientes que precisam emagrecer devem ser acompanhados por um médico com experiência no tratamento da obesidade, bem como por um nutricionista e um psicólogo.
O endocrinologista é um dos médicos que mais atende pessoas com sobrepeso ou obesidade, tendo um foco maior em aspectos hormonais e metabólicos. Além dele, o nutrólogo (dedicado sobretudo à nutrição) e o cirurgião bariátrico (responsável pelo tratamento cirúrgico) também são qualificados para acompanhar tais indivíduos.
Emagrecimento rápido é possível?
Sim, é possível emagrecer de forma rápida. No entanto, nem sempre isso é recomendável. O emagrecimento rápido que deriva de uma dieta muito restritiva e difícil de ser mantida pode levar a um rápido ganho de peso posteriormente, quando tal estratégia for interrompida. Isso também pode favorecer o desenvolvimento de transtornos alimentares.
Cabe ressaltar ainda que a velocidade de perda de peso varia de paciente para paciente. Pode haver uma distinção até entre pessoas que fazem o mesmo tratamento, pois existem diferenças individuais na composição corporal, na distribuição de gordura e na genética que influenciam o emagrecimento.
Remédio para emagrecimento: quais são os riscos e benefícios
Apesar de serem popularmente conhecidos como “remédios para emagrecer”, os medicamentos antiobesidade são destinados a pessoas com obesidade e não devem ser ingeridos por qualquer indivíduo que queira perder peso.
A abordagem medicamentosa tende a ser indicada nos casos de obesidade em que não houve o emagrecimento necessário ou pretendido apenas com a implementação de medidas nutricionais e de atividade física.
As medicações antiobesidade modernas são seguras e trazem mais benefícios do que riscos à saúde. Elas ajudam, primeiro, na perda de peso e, depois, na manutenção do peso. Entretanto, como qualquer medicamento, podem causar efeitos colaterais –alguns dos mais frequentes são náusea, vômito e constipação (na maioria das vezes, leves).
Os pacientes devem ser avaliados individualmente por um médico, para que se defina qual é o melhor medicamento para cada caso, em que quantidade ele será administrado e por quanto tempo será usado. Além disso, é necessário manter um acompanhamento, avaliando periodicamente a resposta do organismo ao tratamento.
Esse tipo de medicação não deve ser utilizada por conta própria, sem prescrição ou suporte médico.
Centro de Emagrecimento do Hospital Nove de Julho
O Hospital Nove de Julho dispõe do Centro de Emagrecimento, que reúne profissionais de diferentes áreas dedicados ao tratamento da obesidade. A equipe é composta por médicos, nutricionistas e psicólogos e trabalha com duas linhas de cuidado principais: o cuidado clínico e o cuidado cirúrgico.
A linha de cuidado clínico envolve o tratamento com endocrinologista e/ou nutrólogo, o uso de medicações antiobesidade e o acompanhamento nutricional e psicológico. Vale destacar que as abordagens são individuais – ou seja, o tratamento não é igual para todos, e sim ajustado às condições clínicas e expectativas de cada paciente.
A linha de cuidado cirúrgico é destinada aos pacientes com indicação para cirurgia bariátrica e metabólica. O Centro de Emagrecimento engloba todas as etapas envolvidas nesse processo: preparo pré-operatório, cirurgia e acompanhamento pós-operatório. Há ainda a opção de tratamentos endoscópicos (como balão gástrico), com protocolo de acompanhamento.
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