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Ginecologia

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Endometriose intestinal: condição é detectada por exames de imagem

É importante que o diagnóstico e o acompanhamento sejam feitos por profissionais com experiência em endometriose
FY
Dr. Fernando Yassuo Asanuma - Cirurgião Plástico Atualizado em 12/07/2024

Estudos científicos estimam que cerca de 10% a 25% dos casos de endometriose evoluam para endometriose intestinal. Em geral, as queixas são de distensão abdominal e dor para evacuar, podendo apresentar também, em menor frequência, alterações como diarreia, constipação e sangramento. Mas, em algumas situações, esse quadro é assintomático.

Quando há suspeita, os melhores métodos de imagem para investigar são a ressonância magnética especializada e o ultrassom transvaginal com preparo intestinal. Importante frisar que a colonoscopia não é critério de diagnóstico, portanto não é obrigatória.

O que é endometriose intestinal?

O endométrio é um tecido que reveste o útero internamente. Essa camada recebe estímulos dos hormônios ovarianos todo mês, ficando mais espessa para receber um bebê. Caso não haja gravidez, o endométrio é expelido na menstruação.

A endometriose ocorre quando células do endométrio se desenvolvem fora do útero, onde continuam sendo estimuladas pelos hormônios ovarianos, resultando em um processo inflamatório crônico.

Como dito anteriormente, em 10% a 25% dos casos essa condição acomete o intestino, recebendo o nome de endometriose intestinal. O mais comum é que tais lesões apenas encostem na parede intestinal – mas também é possível que, em algumas situações, elas adentrem o órgão e, em poucos casos, obstruam o intestino.

O que causa endometriose intestinal?

Os mecanismos que causam a endometriose não são integralmente conhecidos, mas os médicos a consideram uma doença multifatorial (que envolve, por exemplo, fatores imunológicos, genéticos e até ambientais) e reconhecem que as lesões de endometriose são estimuladas por hormônios produzidos pelo ovário.

Quais são os sintomas de endometriose intestinal?

A endometriose intestinal pode gerar sintomas como:

  • Cólica menstrual intensa;
  • Dor e/ou dificuldade para evacuar;
  • Fezes com sangue;
  • Dor abdominal;
  • Distensão abdominal.

Vale ressaltar que, apesar de a endometriose intestinal estar associada aos sintomas mencionados acima, também existem casos de pacientes assintomáticas.

Como é feito o diagnóstico? 

O diagnóstico da endometriose intestinal é confirmado por exames de imagem. Os mais utilizados são ressonância magnética especializada e ultrassom transvaginal com preparo intestinal.

O ideal é que esses procedimentos sejam feitos em centros especializados, como o Núcleo de Endometriose do Hospital Nove de Julho, que é formado por ginecologistas, urologistas, coloproctologistas, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, entre outros profissionais com experiência em endometriose.

O Núcleo de Endometriose oferece ainda consultas com profissionais altamente capacitados para cuidar das pacientes e acompanhá-las em todas as etapas do tratamento.

Qual é o tratamento para endometriose intestinal? 

O tratamento da endometriose intestinal, assim como o da endometriose não intestinal, envolve a prescrição de um medicamento hormonal (mais especificamente, um anticoncepcional para bloquear estímulos dos hormônios ovarianos).

Além de aderir ao tratamento medicamentoso, é importante adotar medidas que tornem o estilo de vida mais saudável – incluindo manter uma alimentação equilibrada, fazer atividades físicas regularmente e diminuir o estresse.

Em alguns casos, pode haver indicação de cirurgia, que é realizada por videolaparoscopia ou robótica. Essa abordagem tem como objetivo remover os focos de endometriose, sendo geralmente recomendada quando há risco de obstrução intestinal ou quando os sintomas persistem mesmo após a administração de medicamentos.

Endometriose no intestino é grave? Quais são os riscos?

Cada caso de endometriose intestinal deve ser avaliado individualmente e acompanhado por um ginecologista com experiência em endometriose.

De forma geral, esse quadro pode levar a sintomas que atrapalham o cotidiano (como dor na evacuação e dor abdominal). No entanto, tais manifestações podem ser controladas por meio do tratamento adequado, fornecendo uma melhor qualidade de vida às pacientes.

E embora exista o risco de obstrução intestinal, ele é baixo. Essa é uma complicação que dificilmente ocorre. Havendo um bom acompanhamento médico, o risco de obstrução pode ser detectado e, se for necessário, tratado cirurgicamente.

Qual médico procurar?

O médico que acompanha quadros de endometriose é o ginecologista. Esse profissional tende a ser procurado principalmente quando há queixa de cólica menstrual intensa.

Quando há sintomas como dificuldade para evacuar e dor abdominal, é comum que as pacientes busquem um gastroenterologista. Se tais manifestações estiverem associadas à endometriose intestinal, a doença pode ser eventualmente detectada por um exame de imagem (como ressonância), fazendo com que o caso seja encaminhado a um ginecologista.

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Escrito por
FY

Dr. Fernando Yassuo Asanuma

Cirurgião Plástico
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