A enxaqueca é uma das dores de cabeça mais comuns que existem. Ela pode estar associada a diversos fatores, mas, na maioria das vezes, é desencadeada pelo estresse.
É importante que todo novo quadro de enxaqueca seja avaliado pelo neurologista. Assim, o médico consegue descartar a possibilidade de o paciente estar com outras doenças que podem simular a enxaqueca.
O que é enxaqueca?
A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça primária. Isso significa que não há alterações cerebrais visíveis que justifiquem o incômodo. No entanto, sabe-se que existem alterações químicas no cérebro que são responsáveis pelos sintomas.
Existem algumas variações da enxaqueca, incluindo:
Enxaqueca comum
“Enxaqueca comum" é a enxaqueca clássica, que corresponde à maioria dos casos.
Enxaqueca com aura
A enxaqueca com aura se diferencia por apresentar sintomas, geralmente visuais, que antecedem a dor de cabeça. É comum que o paciente veja luzes cintilantes no campo de visão, que vão aumentando com o passar do tempo. Pode haver também alteração da sensibilidade e da fala – porém, essas manifestações são menos comuns.
Enxaqueca crônica
O termo “enxaqueca crônica" é utilizado para descrever os quadros nos quais a enxaqueca persiste por mais de 15 dias no mês, durante um período superior a 3 meses.
Enxaqueca vestibular
A enxaqueca vestibular, além de gerar a dor de cabeça e outros sintomas da enxaqueca clássica, é caracterizada por intensa vertigem e alterações da coordenação postural.
Enxaqueca menstrual
A enxaqueca menstrual acontece em um período específico: entre dois dias antes até dois dias depois do início da menstruação.
Quais são os sintomas de enxaqueca?
O sintoma mais frequente da enxaqueca é a dor de cabeça. Além desse incômodo, o paciente pode apresentar náuseas com vômitos, fotofobia, fonofobia e aumento da sensibilidade na pele da região da cabeça.
Pessoas com enxaqueca também podem notar outras mudanças no organismo horas ou dias antes de a dor de cabeça surgir. É possível que a dor seja antecedida por manifestações como alteração na capacidade de concentração, irritabilidade, sede e apetite mais intensos e desconforto no pescoço.
Cabe destacar que, conforme mencionado anteriormente, a enxaqueca com aura e a enxaqueca vestibular podem gerar outros sintomas. A primeira está ligada a sintomas visuais, como a sensação de luzes cintilantes. Já a segunda costuma ser acompanhada de vertigem intensa e alterações da coordenação postural.
O que pode causar enxaqueca?
Diferentemente da cefaleia tensional, que se manifesta por pontos doloridos na cabeça e cuja causa está atrelada a infecções ou outras doenças, a causa da enxaqueca está associada à genética. Inclusive, muitas pessoas acometidas por esse tipo de dor de cabeça têm histórico familiar – havendo, portanto, influência hereditária.
Os principais fatores capazes de desencadear a enxaqueca são:
- Estresse;
- Sono irregular;
- Alterações hormonais (sobretudo em mulheres);
- Consumo de álcool (muitas vezes, de vinho);
- Desidratação;
- Determinados alimentos (como chocolate e queijo).
Qual médico procurar?
O médico mais indicado para avaliar casos de enxaqueca é o neurologista.
É importante procurar esse profissional logo que os episódios de enxaqueca tiverem início. Assim, é possível examinar quais fatores estão associados à condição e analisar a necessidade de acompanhamento e tratamento. Vale ressaltar que o acompanhamento precoce reduz o risco de o problema se tornar crônico.
Também é essencial consultar um neurologista se as dores de cabeça começarem a prejudicar o dia a dia do paciente.
Como é feito o diagnóstico da enxaqueca?
O diagnóstico da enxaqueca é clínico, não havendo um exame que detecte especificamente essa condição.
Porém, durante a investigação do caso, o médico pode solicitar exames para descartar doenças capazes de simular a enxaqueca (como tumores e trombose das veias do cérebro). Isso geralmente é feito quando os pacientes apresentam outros sintomas que não são típicos da enxaqueca.
Qual é o tratamento para enxaqueca?
A enxaqueca costuma ser tratada com medicamentos. Alguns remédios servem para aliviar a dor, sendo administrados por via oral ou, em crises mais intensas, por via endovenosa. Outros são de uso contínuo, sendo prescritos com o objetivo profilático de evitar futuras crises.
Há também medidas não medicamentosas que são importantes e podem ajudar a minimizar as crises de dor, como:
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Ter uma alimentação saudável;
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Organizar uma rotina adequada de sono para dormir bem;
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Praticar exercícios físicos regularmente;
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Fazer acupuntura.