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A condição provoca dor, fraqueza e sensibilidade no cotovelo, podendo dificultar atividades simples como segurar objetos
A epicondilite, também conhecida como “cotovelo de tenista” ou “cotovelo de golfista”, é uma inflamação nos tendões ao redor do cotovelo que causa dor e dificuldade de movimento. Esse problema é comum em pessoas que realizam movimentos repetitivos com os braços, seja no esporte ou em atividades do dia a dia. Saiba como a epicondilite se desenvolve, quais são os sintomas e as opções de tratamento para alívio e prevenção da dor.
O que é epicondilite?
A epicondilite é uma inflamação ou lesão nos tendões que se ligam aos ossos do cotovelo, causada principalmente por movimentos repetitivos e esforço excessivo. Existem dois tipos principais: a epicondilite lateral, conhecida como "cotovelo de tenista", que afeta a parte externa do cotovelo, e a epicondilite medial, ou "cotovelo de golfista", que atinge a parte interna.
Essa condição provoca dor, fraqueza e sensibilidade no cotovelo, podendo dificultar atividades simples como segurar objetos ou realizar tarefas cotidianas. O tratamento geralmente inclui repouso, fisioterapia e, em alguns casos, medicamentos para reduzir a dor e a inflamação. A seguir, saiba mais detalhes sobre cada uma das epicondilites.
Epicondilite lateral
A epicondilite lateral é uma condição que provoca dor na parte externa do cotovelo. Essa dor surge devido a microlesões nos tendões que conectam os músculos do antebraço ao epicôndilo lateral, uma proeminência óssea na extremidade do úmero. Esses músculos são responsáveis por movimentos como a extensão do punho e dos dedos, além da rotação do antebraço.
Embora o termo "cotovelo de tenista" seja comum, a epicondilite lateral não se restringe a praticantes de tênis. Ela pode afetar qualquer pessoa que realize movimentos repetitivos do punho e do antebraço, como carpinteiros, digitadores ou mesmo indivíduos sedentários. A condição é mais prevalente entre os 40 e 50 anos.
Epicondilite medial
A epicondilite medial ou epitrocleíte, é uma condição caracterizada por inflamação dos tendões localizados na parte interna do cotovelo, onde os músculos do antebraço se conectam ao osso. Embora o nome popular faça referência a golfistas, a condição pode ocorrer em diversas situações do dia a dia ou em práticas físicas que sobrecarregam os tendões desta região.
O que causa epicondilite?
A epicondilite lateral pode ser causada por práticas esportivas que utilizam raquetes e tacos, que exigem extensões vigorosas do cotovelo ou movimentos de rotação do antebraço. Esses movimentos repetitivos também estão associados a outras condições, como a tendinite de Quervain, que afeta os tendões do punho e se estende até o polegar. Conhecer essas condições pode ajudar na prevenção e no tratamento adequado.
Além disso, ocupações que demandam esforço repetitivo, como trabalhos em carpintaria, operação de máquinas e digitação excessiva, também estão entre as causas. Outras situações incluem pessoas sedentárias ou aquelas que dormem com a mão fechada de forma inconsciente. No entanto, a maioria dos casos de epicondilite lateral não possui uma causa específica identificada.
Por outro lado, a epicondilite medial pode ser provocada por esportes como o golfe e outras atividades que envolvem o uso repetitivo dos músculos responsáveis pela flexão do punho e dos dedos. Também pode ocorrer em trabalhos manuais que exigem movimentos repetitivos de flexão e pressão do punho.
Quais são os sintomas de epicondilite?
Na epicondilite medial, geralmente o cotovelo do braço dominante é afetado. O principal sintoma é a dor, que pode se espalhar para o braço ou antebraço. Rigidez, fraqueza e inchaço também são comuns e tendem a se intensificar durante atividades que exigem esforço dos tendões nesta região.
Na epicondilite lateral, os sintomas incluem dor ou sensibilidade na região do epicôndilo lateral, que pode irradiar ao longo dos músculos extensores. Essa dor pode ter um início gradual ou súbito, dependendo da causa. Movimentos simples do cotovelo podem piorar a dor, dificultando tarefas diárias como escovar os dentes, abrir portas, escrever ou levantar um copo cheio.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico de ambas as epicondilites são feitos, na maioria, por meio de uma avaliação clínica, com base no histórico do paciente e em testes físicos para identificar pontos específicos do conjunto (epicôndilo medial ou lateral).
Exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética, podem ser utilizados para confirmação do diagnóstico, mas nem sempre são necessários.
Como é feito o tratamento para epicondilite?
O tratamento para a epicondilite, seja medial ou lateral, envolve primeiramente opções conservadoras e, em casos mais graves, intervenções cirúrgicas.
No caso da epicondilite medial, o tratamento inclui repouso, imobilização, aplicação de gelo, uso de analgésicos, alongamento e fisioterapia. Em situações mais complexas, podem ser necessárias infiltrações ou até cirurgia. A orientação e acompanhamento por um médico são fundamentais.
Para a epicondilite lateral, o tratamento também é inicialmente conservador e busca controlar a dor. Isso envolve repouso com redução de atividades repetitivas, aplicação de gelo (crioterapia), uso de analgésicos e anti-inflamatórios, além de mudanças na rotina.
Embora a fisioterapia seja uma prática comum, sua eficácia não é totalmente comprovada cientificamente. Infiltrações com corticosteroides podem trazer alívio a curto prazo, mas são menos eficazes em casos de recorrência.
Além disso, outro tratamento que pode ser realizado, a depender da avaliação médica, é a terapia por ondas de choque. Aqui não estamos falando em choques elétricos, mas em ondas de impactos controlados sobre o local a ser tratado. Essa mecânica gera uma resposta do próprio organismo determinando a liberação de substâncias anti-inflamatórias e um aumento na microcirculação local.
O procedimento é indicado para dores crônicas que não respondem bem ao tratamento medicamentoso ou à fisioterapia. A taxa de sucesso varia de 65% a 91%, segundo estudos recentes. Em geral, poucas sessões são suficientes para que se alcance o melhor efeito terapêutico.
Após a dor desaparecer, é recomendável introduzir exercícios de alongamento passivo e, gradualmente, exercícios ativos com peso. Quando os tratamentos convencionais não conseguem aliviar a dor persistente, a cirurgia pode ser considerada, como última alternativa.
Qual médico procurar?
Em geral, para tratar a epicondilite, é recomendado procurar um ortopedista, especialista em ombro e cotovelo.
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