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Infectologia

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Febre amarela preocupa, mas é possível evitar

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H9J
Equipe Hospital Nove de Julho - Corpo Clínico Atualizado em 17/08/2020

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por picadas dos mosquitos transmissores infectados. Ela possui dois ciclos epidemiológicos distintos de transmissão: silvestre e urbano. 

No ciclo silvestre, os macacos são os principais hospedeiros e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres: Haemagogus e Sabethes, os mais importantes na América Latina. 

Nesse ciclo, o homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata. No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados.

Vacinação: tire suas dúvidas 

Segundo a Dra. Sumire Sakabe, infectologista do Hospital 9 de Julho, a vacina é a principal forma de se prevenir e controlar a doença. Ela começa a ter efeito após 10 dias da aplicação. 

A dose integral (0,5 ml) vale para a vida toda e a dose fracionada (0,1 ml) vale por pelo menos 8 anos e será dada nas campanhas de vacinação de SP, RJ e BA. Ambas possuem a mesma eficácia. A única diferença é que a fracionada tem um período de validade específico (8 anos), devendo ser revacinado após esse período. 

Crianças - As crianças devem tomar a partir dos 9 meses (ou 6 meses em áreas de risco). 

Grávidas - A princípio, devem evitar, a não ser que o risco de contrair o vírus seja alto. 

Idosos – Em pessoas com mais de 60 anos de idade o risco de reações adversas à vacina aumenta. A recomendação é procurar o médico para que ele avalie o benefício e o risco da vacinação. "Quando a pessoa não pode se vacinar deve evitar viagens para locais com surtos, usar roupas fechadas e repelentes", diz a médica. 

Viajantes para áreas de risco – Se a viagem é para um país que exige o certificado internacional de vacinação concedido pela Anvisa, a dose fracionada não vale. Nesse caso, o viajante terá que tomar a vacina padrão. Se já tomou a fracionada, precisa esperar pelo menos 30 dias entre cada dose, por se tratar de uma vacina com vírus vivo. 

Quem não pode tomar a dose fracionada - Por não terem sido feitos testes para públicos específicos, os seguintes grupos devem continuar a receber a dose integral: crianças de nove meses até dois anos de idade, pessoas com HIV, autorizados pelo seu médico e outras condições clínicas, como, por exemplo, doenças hematológicas.

Contraindicação – A vacina é contraindicada para pacientes imunocomprometidos por alguma doença ou tratamento, como quimioterapia, uso de corticoide por tempo prolongado, outros medicamentos imunossupressores e pessoas com alergia grave a ovo. 

Sintomas 

O período de incubação do vírus no homem varia de 3 a 6 dias, podendo se estender até 15 dias. Os sintomas são inespecíficos como febre, calafrios, cefaleia (dor de cabeça), lombalgia, mialgias generalizadas, prostração, náuseas e vômitos. Após uma recuperação, uma parcela dos pacientes recrudesce e apresenta sintomas mais graves, podendo evoluir para uma hepatite fulminante ou sangramentos importantes.

Tratamento

É apenas sintomático, com antitérmicos e analgésicos (anti-inflamatórios e salicilatos como AAS não devem ser usados). Hospitalização quando necessário, com reposição de líquidos e perdas sanguíneas. Em um caso foi feito transplante do fígado ainda em recuperação.

Observação: o controle do mosquito transmissor (Aedes aegypti) deve ser acirrado, evitando-se os criadouros das larvas, como caixas de água abertas, lixo nas ruas, calçadas, terrenos e quintais. Uso de telas nas janelas e repelentes.

Para marcar consultas e exames, ligue para 11 3147-9430.

Escrito por
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Equipe Hospital Nove de Julho

Corpo Clínico
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