Vez ou outra algum alimento ou ingrediente vira o grande vilão da alimentação saudável. O ovo, o leite, o açúcar ou a gordura já foram condenados e inocentados. Atualmente, o glúten é o inimigo número um da dieta. Mas este radicalismo, segundo o Dr. Guilherme Andrade, do Centro de Gastroenterologia do Hospital 9 de Julho, não tem razão de ser, a não ser se a pessoa tem alguma alergia, intolerância ou sofre da chamada doença celíaca, que só afeta 1% da população mundial.
"Do contrário, alimentos com a proteína podem ser ingeridos sem culpa", garante o médico.
A alergia ou intolerância ao glúten podem ser desenvolvidas ao longo da vida. A Doença Celíaca, no entanto, é hereditária e, apesar de também se manifestar em meninos, costuma afetar mais os homens entre os 40 e 50 anos.
Para os celíacos, o glúten pode trazer muitos transtornos: prejuízo da absorção de muitos nutrientes, em especial ferro, cálcio, vitaminas do complexo B e ácido fólico. Sem eles, pode haver desnutrição e perda de peso involuntária, para ficarmos nas consequências mais simples.
Isso ocorre porque, quando há ingestão de glúten por um portador de Celíaca, o intestino delgado sofre um processo inflamatório e passa a ter dificuldades para absorver a maioria destas substâncias.
Para que serve ?
O glúten é responsável pela fermentação que dá liga à massa, sendo essencial para fazer o alimento crescer e manter seu formato depois de pronto. Por outro lado, é uma proteína de baixo valor biológico, ou seja, não tem todos os aminoácidos que precisamos.
Então, sua retirada não apresentaria risco à saúde? De acordo com o Dr. Guilherme é preciso cautela. O ideal é procurar um médico para uma avaliação criteriosa antes de tomar a decisão de retirar da dieta algum item.
Para marcar consultas e exames, ligue para 11 3147-9430.