Há pessoas que têm dificuldade para conciliar o sono na hora em que se deitam na cama. Outros até dormem rápido, mas despertam sempre no meio da noite e têm dificuldade de voltar ao repouso. Há ainda aqueles para os quais a falta de sono surge na forma de despertar precoce, "roubando" momentos preciosos de descanso.
Todas essas situações podem ser caracterizadas como Insônia, um distúrbio do sono que pode ter inúmeras causas. Predisposição genética, causas físicas ou problemas psicológicos, estão entre elas. Além disso, há doenças que podem desencadear ou agravar os episódios de Insônia, como a Síndrome da Apneia Hipopneia Obstrutiva do Sono (SAHO), Depressão, Transtorno de Ansiedade, Fibromialgia e doenças da glândula tireoide, por exemplo. Hábitos inadequados em relação ao sono como horário irregular de descanso, ficar no computador ou assistindo TV até tarde da noite também podem dificultar o ritmo de sono, assim como alguns eventos que ocorrem ocasionalmente na vida de qualquer um, como mudança de emprego, morte de alguém querido, conflitos pessoais, etc.
Para quem tem insônia esporadicamente, o problema costuma gerar consequências pontuais como cansaço, mau humor e sonolência durante o dia. Já quando a insônia é crônica e não recebe o tratamento adequado, os efeitos podem ser mais graves, resultando em problemas de memória e concentração, depressão e irritabilidade. Os pacientes de insônia crônica também podem ficar mais vulneráveis a sofrer acidentes por falta de atenção.
Para determinar o tratamento para a insônia é necessário primeiro realizar um diagnóstico detalhado no qual o médico vai avaliar o histórico do paciente. Exames complementares podem ser pedidos de acordo com cada caso. A polissonografia – em que o paciente é monitorado por aparelhos durante uma noite – é solicitada quando o especialista suspeita que a insônia está associada a outras doenças como a Apneia do Sono. Finalizado o diagnóstico, há uma diversidade de tratamentos possíveis, seja com uso de medicamentos ou terapias psicológicas.