Entenda o que há por trás desse conceito e quais hábitos têm impacto positivo na expectativa de vida de homens e mulheres
O envelhecimento da população de muitos países -- incluindo o Brasil – fez com que o conceito de longevidade venha ganhando cada vez mais espaço. Mas o que ele quer dizer exatamente? Muito além de pensar em mais anos de vida, a longevidade inclui também considerar e planejar como esses anos a mais serão vividos e como eles podem ser desfrutados de forma mais feliz e saudável.
Nesse sentido, o que pode ser feito para que tenhamos uma trajetória mais longeva e uma vida com mais saúde? A ciência hoje sabe que diversos fatores podem influenciar essa conquista, desde o cuidado com a alimentação e a prática regular de atividades físicas até o zelo pela saúde mental e a realização de exames de rotina. Continue a leitura para saber mais.
O que é longevidade?
A definição clássica de longevidade é a de uma vida mais longa que o normal. No entanto, hoje considera-se longevidade um conceito mais amplo, que inclui não apenas a capacidade de viver mais como também de envelhecer bem e ter uma boa qualidade de vida em todas as fases da existência.
Por isso, a longevidade inclui cuidar da saúde física e mental de forma preventiva, adotando hábitos e comportamentos que promovam o equilíbrio e a vitalidade ao longo de toda a vida.
Nesse sentido, a OMS (Organização Mundial da Saúde) tem incentivado o envelhecimento saudável, enfatizando que o aumento da expectativa de vida deve ser acompanhado de condições que permitam às pessoas viverem mais, mas com autonomia e dignidade.
Como conquistar a longevidade saudável?
O primeiro passo para conquistar a longevidade é entender que o envelhecimento saudável é uma construção ao longo do tempo, baseada em ações preventivas e hábitos saudáveis que devem ser seguidos por anos. Veja a seguir alguns desses cuidados.
Cuidados com a alimentação
A alimentação é um dos pilares da longevidade – e não à toa: estudos apontam que uma dieta equilibrada e rica em nutrientes, além de pobre em gorduras, açúcares e ultraprocessados, pode reduzir os riscos de diversas doenças, como hipertensão, diabetes, problemas cardíacos, câncer e doenças neurodegenerativas.
Por isso, os médicos recomendam sempre optar por alimentos naturais e frescos, como frutas, legumes, verduras, grãos integrais e proteínas magras, para nutrir e manter o corpo saudável em qualquer fase da vida.
Corpo em movimento
A prática de atividades físicas também é essencial para a longevidade. Assim como a alimentação equilibrada, a ciência hoje já sabe que manter-se ativo ajuda a prevenir uma série de problemas de saúde (como doenças cardiovasculares e câncer), além de aumentar a flexibilidade, melhorar o sistema imunológico e ainda proporcionam bem-estar psicológico.
Outro ponto importante é que praticar uma atividade física auxilia na manutenção da massa óssea e muscular, favorecendo o equilíbrio e a autonomia do indivíduo.
Para alcançar esses objetivos, a OMS recomenda que os adultos pratiquem entre 150 e 300 minutos de atividade física moderada por semana, ou o equivalente em atividade física vigorosa
Exames preventivos em dia
Embora tenham esse nome, os exames preventivos não previnem o surgimento de doenças, mas sim as detectam em estágios bem iniciais, aumentando as chances de cura e/ou de tratamentos mais leves e rápidos para controlar a condição.
Muitos problemas de saúde, como hipertensão, diabetes e até alguns tipos de câncer podem surgir sem causar sintomas no começo --e a única forma de detectar essas condições é pela realização de exames de rotina. Essa detecção precoce permite um tratamento rápido e eficaz, evitando complicações mais sérias para a saúde.
Cada faixa etária exige diferentes tipos de exames, e o acompanhamento médico regular ajuda a monitorar a saúde e identificar possíveis alterações antes que se tornem problemas maiores. Isso inclui exames de sangue, testes de glicemia, avaliação do colesterol, exames de imagem e, para mulheres, o exame de mamografia e o papanicolau, entre outros.
Atenção à saúde mental
Cuidar da saúde mental é indispensável para uma longevidade saudável, já que as emoções estão intimamente ligadas ao bem-estar geral e podem influenciar até mesmo na saúde física.
Nesse sentido, uma das maiores preocupações é a depressão, que hoje atinge cerca de 13% da população entre 60 e 64 anos de idade no Brasil. Além de impor sofrimento psíquico, a depressão tem um impacto importante na longevidade, já que aumenta o risco para outras doenças, como problemas cardiovasculares e demências.
Assim, recomenda-se que os indivíduos pratiquem o autocuidado, gerenciando o estresse; façam acompanhamento psicoterápico e cultivem bons relacionamentos ao longo da vida para cultivar o equilíbrio emocional.
Qual médico procurar?
Se o foco for a longevidade saudável, um médico especializado em medicina preventiva e longevidade pode ser de grande ajuda. O geriatra, por exemplo, é o especialista em saúde do envelhecimento e não atende apenas idosos, mas qualquer pessoa que queira envelhecer com qualidade de vida.
Já o nutricionista – que não é médico, mas um importante profissional de saúde -- foca na nutrição e no impacto da alimentação no envelhecimento saudável, orientando sobre hábitos alimentares que promovem saúde a longo prazo.
Esses especialistas podem criar planos personalizados que incluem orientações sobre dieta, exercícios, sono e controle de estresse, além de recomendar exames de rotina e, quando necessário, suplementação.
Vale ainda mencionar o acompanhamento feito com o ginecologista, no caso das mulheres e do urologista, responsável por cuidar do sistema reprodutor masculino. Além de profissionais como o cardiologista, outro especialista capacitado a diagnosticar doenças que podem interferir na longevidade.
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