O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória autoimune que afeta sobretudo as mulheres jovens, entre 20 e 45 anos, mas pode ocorrer em pessoas de todas as idades e sexo. A doença pode atingir diversos órgãos e demonstrar alterações da resposta imunológica, ou seja, os anticorpos dirigidos do organismo se voltam contra as proteínas do próprio corpo.
Saiba mais sobre as características da doença no texto a seguir.
O que é lúpus eritematoso sistêmico?
O lúpus eritematoso sistêmico ou somente lúpus, como é conhecido pela maioria das pessoas, é uma doença crônica de origem autoimune que pode se apresentar progressivamente de maneira mais lenta ou de forma mais rápida em poucas semanas. Apesar de não ter cura, a condição pode ser tratada e entrar em remissão – período no qual ela fica controlada –, como se o paciente não tivesse a doença, o que é chamado de remissão completa. É importante ressaltar que, embora a pessoa não apresente mais sintomas por causa do tratamento, não significa que esteja curada, uma vez que os indícios da enfermidade podem voltar a qualquer momento caso os cuidados adotados para controlar a doença sejam deixados de lado.
Existem dois principais tipos de lúpus: o cutâneo e o sistêmico, cada um deles com características próprias.
Lúpus eritematoso cutâneo – apresenta-se por meio de manchas na pele, normalmente avermelhadas ou eritematosas, sobretudo nas áreas expostas ao sol, como colo, rosto, orelhas e braços.
Lúpus eritematoso sistêmico (LES) – este é o tipo no qual os órgãos são acometidos. Por ser uma doença que afeta o sistema imunológico do paciente, que tem a função de produzir anticorpos, ocorrem inflamações nos órgãos e, por isso, ela provoca diversos sintomas. Conheça em seguida quais são eles.
Quais os sintomas de lúpus?
São vários os sintomas do lúpus eritematoso sistêmico, que variam segundo a fase em que se encontra a doença e as condições de remissão. Saiba como identificar os sintomas de lúpus:
▪ cansaço;
▪ febre baixa, que pode, eventualmente, se apresentar de forma alta;
▪ desânimo;
▪ emagrecimento e perda do apetite.
Essas ocorrências podem surgir em razão da inflamação nas articulações, na pele, nos rins, no cérebro, nos nervos, no coração e nas membranas que revestem o pulmão. Além disso, podem aparecer outros sintomas isolados ou em conjunto, por causa da diminuição das células do sangue (glóbulos vermelhos e brancos) e da ação de anticorpos contra essas células, por exemplo, inchaço dos gânglios, conhecidos como linfonodos, acompanhado por febre.
Lúpus tem cura?
Embora ainda não haja cura para o lúpus, é possível que a doença seja tratada. E, hoje, os recursos terapêuticos estão cada vez melhores, com a possibilidade de remissão da doença, ou seja, quando a pessoa consegue conviver com o lúpus, com qualidade de vida, sem apresentar sinais da condição.
Segundo a Dra. Gabriela Araújo Munhoz, reumatologista do Hospital Nove de Julho: “Com o tratamento instituído de forma eficaz associado à sua adesão pelo paciente, espera-se que ele retorne às suas atividades diárias com boa qualidade de vida e funcionalidade.".
O que uma pessoa com lúpus não pode fazer?
A Dra. Gabriela Araújo Munhoz responde: “O paciente portador de lúpus deve evitar exposição à luz solar, tabagismo, fazer o uso incorreto ou irregular das medicações prescritas pelo médico, tampouco abandonar o tratamento. É importante também adotar a prática regular de atividades físicas e hábitos alimentares saudáveis.".
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da condição pode ser realizado por meio da avaliação médica dos sintomas, da história clínica do paciente e também de exames complementares de sangue e urina, para identificar se há ou não sinais de atividade da doença. Além disso, alguns exames como fator ou anticorpo antinuclear (FAN), dosagem de frações do complemento e autoanticorpos permitem o diagnóstico da enfermidade com maior clareza.
“Uma vez diagnosticada a patologia, o paciente deve realizar o tratamento regular a fim de manter a doença em remissão e evitar futuros danos. Com a patologia controlada, o paciente consegue realizar as suas atividades cotidianas sem impedimentos, com boa qualidade de vida", explica a Dra. Gabriela Araújo Munhoz.
A médica acrescenta ainda que, no Hospital Nove de Julho, há um grupo de reumatologistas altamente capacitados para diagnosticar e tratar os pacientes ambulatorialmente, por meio de consultas no Centro Médico de Especialidades; pela administração de medicações, caso haja necessidade, no Centro de Infusões; e também por atendimento hospitalar para os casos mais graves.
Para marcar consultas e exames, ligue para 11 3147-9430.