Um exame simples, indolor e rápido. Essa é a impressão que muitas pessoas têm ao passar por uma tomografia computadorizada. Poucos sabem, porém, que o procedimento é considerado um grande avanço da medicina, tendo motivado o prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 1979 aos seus criadores, o engenheiro eletrotécnico Godfrey Newbold Hounsfield e o físico Allan M. Cormack. Veja nesse texto um pouco sobre o que é o exame e a sua utilidade.
O que é?
A tomografia é um aparelho que usa os raios-x, só que mais complexo que o exame convencional, pois as imagens captadas vão para um computador que possibilita a análise dos tecidos em três planos: transversal (em fatias), coronal (de frente) e sagital (de lado).
O exame identifica mudanças sutis dos órgãos, o que pode fazer a diferença para o diagnóstico e o tratamento médico. Um dos grandes avanços da medicina é a possibilidade de identificação precoce do câncer e, nesse sentido, a tomografia é um dos exames mais importantes.
Os tomógrafos fazem a aquisição de imagens do corpo todo, inclusive dos diversos órgãos abdominais, em poucos minutos. A tomografia abdominal tem inúmeras indicações entre elas podemos salientar: quando o paciente sofreu um trauma que pode ter afetado o abdômen, em casos de suspeita de tumores, de apendicite, diverticulite ou mesmo de infecção ou inflamação abdominal.
Quando a suspeita é de um trauma no abdômen, os médicos buscam por líquidos ou hemorragias dentro ou fora dos órgãos. Já quando há possibilidade de apendicite, a tomografia é uma alternativa sobre a ultrassonografia, principalmente em casos de pacientes obesos ou com muita quantidade de gases no intestino, o que dificulta o exame de ultrassonografia.
O ideal é que o exame seja feito com contraste para a perfeita visualização dos órgãos. O contraste pode ser utilizado tanto por via oral quanto por via venosa, dependendo do foco do exame.
Fica a dica: como a tomografia transmite radiação e o contraste à base de iodo pode gerar alergia em casos raros, o exame deve ser bem indicado por seu médico.
Fernando Moreira, radiologista do Hospital 9 de Julho.
Este artigo foi originalmente publicado em 05/2012 e atualizado.
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