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Dermatologia

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Pinta vermelha na pele: o que pode ser e quando procurar um médico

As pintas vermelhas são comuns e tendem a se multiplicar ao longo da vida
RS
Dr. Renato Santos de Oliveira Filho - Cirurgião Oncológico Atualizado em 12/08/2024
Pinta vermelha na pele

Você já notou o surgimento de alguma pinta vermelha na pele e pensou se não seria motivo de preocupação? Essa é mesmo uma dúvida bastante comum, mas fique tranquilo, esses pequenos sinais, chamados angioma rubi ou nevo rubi, são benignos e não oferecem risco à saúde.

No entanto, existem outras manchas na pele que podem indicar a presença de doenças mais graves, como o câncer de pele, por exemplo. Por isso, é importante estar atento ao surgimento delas e buscar uma avaliação médica para diagnóstico e tratamento adequados. 

Veja, neste blog, o que são as pintas vermelhas na pele, quando elas podem ser preocupantes, quando procurar o médico e como proteger a pele. Para explicar o assunto, convidamos o Dr. Renato Santos, cirurgião oncológico do Hospital Nove de Julho. Saiba mais!

Pinta vermelha na pele: o que pode ser?

As pintas vermelhas na pele são pequenas bolinhas avermelhadas, chamadas nevo rubi, que surgem nas pernas, nas costas, no rosto, no pescoço, no tórax e em outras partes do corpo. Esse tipo de sinal não apresenta perigo à saúde, mas pode ser tratado com objetivos estéticos.

Essas pintas vermelhas surgem pela dilatação dos vasos sanguíneos perto da superfície da pele. Embora esse tipo de sinal não apresente gravidade, outros, no entanto, podem indicar o desenvolvimento de doenças mais graves, como alergias, psoríase, micose, dermatite e até mesmo câncer de pele. 

Por isso, é preciso sempre observar com bastante atenção as marcas que crescem rapidamente e têm alteração de cor, coçam ou provocam dor, por exemplo. Busque o médico dermatologista ao observar essas alterações.

Conforme explica o Dr. Renato Santos, “na maioria das vezes, são lesões benignas, como dermatites, processos inflamatórios ou tumores benignos de vasos, os nevos rubis. Mas pode também se tratar de câncer de pele".

Quando uma pinta na pele é preocupante?

As pintas podem ser um sinal sério quando crescem rapidamente, mudam de cor ou são de tonalidade escura e têm seu formato alterado. Quando as pessoas têm muitas pintas e sinais no corpo, devem ficar atentas, pois tais marcas podem não ser notadas e indicar o desenvolvimento de um câncer de pele.

As pintas na pele são avaliadas pelo método ABCDE, indicado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Ele apresenta os seguintes passos de identificação:

A: assimetria – as pintas comuns normalmente são simétricas;

B: borda – as bordas irregulares, com pontas ou curvas, são um sinal de alerta;

C: cor – as pintas preocupantes têm tonalidade escurecida (marrom) ou mudam de cor; podem também apresentar múltiplas cores na mesma lesão;

D: diâmetro – pintas com cinco, seis milímetros merecem atenção e devem ser avaliadas por um especialista;

E: evolução – as pintas não prejudiciais à saúde mantêm o mesmo aspecto.

O Dr. Renato Santos explica que “o elemento mais importante na suspeita de uma lesão de pele a ser biopsiada para o diagnóstico anatomopatológico é a informação do paciente de que é uma lesão nova que permanece por mais de quatro semanas. Ou, ainda, uma lesão na pele que já existia, mas que vem se modificando, crescendo, mudando de cor, com prurido e sangramento. Entretanto, ao realizar o exame clínico da pele, o médico, geralmente o dermatologista, com base nos aspectos a olho nu da lesão ou pela complementação do exame clínico com dermatoscopia ou mesmo com microscopia confocal, pode indicar biópsia de lesão suspeita".

Leia também sobre carcinoma e melanoma.

Quais são os sintomas de câncer de pele?

O câncer de pele apresenta alguns sinais e sintomas. Entre eles estão: 

●      Pintas que mudam de tamanho, forma ou cor;

●      Manchas que coçam, sangram ou descamam;

●      Feridas ou lesões novas que ficam por mais de quatro semanas sem cicatrizar.

Vale lembrar que o câncer de pele afeta as áreas mais expostas ao sol: o rosto, as orelhas e o pescoço.

Quando procurar o médico e que especialista consultar?

O paciente dever fazer um exame clínico da pele ao menos uma vez por ano. Caso se encaixe numa das condições comentadas anteriormente, ele deve procurar um dermatologista, oncologista (clínico ou cirurgião), cirurgião plástico ou mesmo um clínico geral, que, na maioria das vezes, tem competência para fazer a triagem dos pacientes que precisam fazer biópsia.

Como é feito o diagnóstico?

Na maior parte dos casos, o diagnóstico é realizado por um médico dermatologista ou cirurgião, por meio do exame clínico. Às vezes, pode ser solicitada a realização de uma biópsia para avaliar as camadas da pele que não podem ser vistas a olho nu e para identificar a enfermidade, por meio do exame anatomopatológico.

Qual é o tratamento para o câncer de pele?

A terapêutica mais indicada para o câncer de pele é a cirurgia. Além disso, também podem ser ministrados radioterapia, quimioterapia, terapia fotodinâmica ou tratamentos tópicos (5-fluorouracil, imiquimode), de acordo com a localização da lesão, a fase da doença e as condições clínicas do paciente, como idade e risco cardiovascular.

Como prevenir o câncer de pele?

O cuidado preventivo vale para todas as pessoas. Quem tem antecedente pessoal ou familiar de melanoma ou câncer de pele não melanoma deve evitar a exposição ao sol, usar protetor solar fator alto e manter em dia os exames de rotina.

Conforme explica o Dr. Renato Santos, “as pessoas com a pele, os cabelos e os olhos claros são mais propensas a desenvolver câncer de pele. Mas todos devem ter cuidado e estar atentos às alterações do próprio corpo, evitar a exposição exagerada ao sol, usar roupas apropriadas e protetor solar e manter sempre as consultas médicas de rotina em dia".

A primeira medida para a prevenção do câncer de pele é evitar o sol, particularmente entre 10h e 16h, período de maior incidência de radiação ultravioleta B. Caso precise se expor ao sol, deve proteger a pele mecanicamente com roupas adequadas, chapéu, guarda-sol e óculos escuros. É fundamental também usar protetor solar, particularmente com FPS maior ou igual a 30.

O médico acrescenta ainda que “é muito frequente as pessoas não valorizarem certas modificações na pele, falando 'é só um probleminha na pele'". Esse comportamento precisa mudar. O câncer de pele representa cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, e quando não tratado a tempo e de forma correta, pode apresentar alta morbidade e mortalidade. O câncer de pele avançado requer equipe multidisciplinar altamente qualificada".

Hospital Nove de Julho

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