Algumas mulheres têm a sorte de passar incólume pelo ciclo menstrual com, no máximo, alguns “sintominhas” como um aumento do desejo por doces, leves dores de cabeça, alguma irritabilidade, um pouco de dor nas mamas ou inchaço.
Porém, essa não é a realidade, da maioria das mulheres brasileiras. As taxas de prevalência de mulheres na população que sentem cólicas menstruais variam entre os estudos, chegando a alcançar valores na ordem de 90%!
A cólica é, de longe, um dos maiores incômodos do ciclo menstrual. Todos os meses o organismo feminino se prepara para a fecundação, e quando isso não acontece, os hormônios acionam o processo de contração uterina e de limpeza do endométrio - mucosa interna do útero responsável pela nutrição de um eventual embrião. O resultado disso é a menstruação. Esse processo de contração uterina o é que gera a cólica.
O sintoma é classificado da seguinte forma:
Dismenorreia Primária: trata-se da queixa de cólica leve a moderada desde as primeiras menstruações da vida mulher, e em geral não piora sua intensidade e duração ao longo dos anos.
Dismenorreia Secundária: trata-se da queixa de cólica que se não se iniciou desde as primeiras menstruações da mulher, mas a partir de algum momento da vida da mulher. Geralmente são mais intensas e tem característica de irem piorando progressivamente, mês a mês, e muitas vezes não melhoram com uso de analgésicos comuns.
Os casos de dismenorréia secundária são aqueles que merecem maior atenção, nesses casos, é importante procurar um ginecologista para investigar doenças que possam justificar esses sintomas, como por exemplo a presença de endometriose pélvica ou miomatose uterina.
Os casos de dismenorréia secundária são aqueles que merecem maior atenção, nesses casos, é importante procurar um ginecologista.
A menstruação é uma função natural do organismo feminino e uma leve cólica é um sintoma aceitável. Quando a dor é tão intensa que leva a mulher a procurar cada vez mais medicações para aliviar o sintomas ou mesmo a procurar o pronto-socorro, é hora de procurar um ginecologista para investigar melhor o quadro.