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Acidentes

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Queimadura faz 1 milhão de vítimas no ano

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Equipe Hospital Nove de Julho - Corpo Clínico Atualizado em 06/04/2017

Segunda maior causa de morte entre crianças de um a quatro anos de idade, as queimaduras fazem um milhão de vítimas no Brasil a cada ano. Embora geralmente elas sejam provocadas por acidentes domésticos ou no trabalho envolvendo o contato direto com superfícies superaquecidas, as queimaduras também podem ser provocadas por substâncias químicas como ácidos e soda cáustica. Fortes descargas elétricas e radiações infravermelhas e ultravioletas também levam às lesões, que têm graus de classificação diferentes conforme a gravidade.

As queimaduras de 1º grau são as mais leves, que provocam apenas vermelhidão e inchaço, sem formação de bolhas. Já as de 2º grau causam maior dano à epiderme e à derme, com surgimento de bolhas e desprendimento total ou parcial da pele. A recuperação dos tecidos é mais lenta e podem deixar cicatrizes e manchas claras ou escuras.

As queimaduras de 3º grau são as mais graves e resultam em destruição total de todas as camadas da pele, deixando a área atingida escura ou esbranquiçada. Por atingir terminações nervosas, geralmente o paciente não apresenta dor forte. Porém, elas podem ser fatais caso ele não receba atendimento de emergência adequado.

"Basicamente o paciente com queimaduras graves apresenta desidratação imediata. Ele precisa passar por hidratação para corrigir o desequilíbrio eletrolítico. O atendimento de emergência vai se focar na manutenção da vida. Após isso é necessário promover o tratamento se surgirem infecções e procurar recuperar a pele o mais rápido possível, o que muitas vezes demanda uma cirurgia reparadora", afirma o cirurgião plástico do Hospital 9 de Julho, Otávio Machado de Almeida.

Por meio das cirurgias reparadoras em queimados é possível recuperar não apenas esteticamente o paciente, mas também corrigir sequelas do acidente que comprometam o movimento normal de articulações, podendo haver necessidade de fazer enxertos de pele e gordura para minimizar as cicatrizes.

"O ideal é fazer esse tipo de cirurgia logo após o acidente, no período que chamamos de agudo. Porém também é possível fazer cirurgia para reparar áreas de pacientes que sofreram queimaduras há algum tempo, mas só tempos depois procuram o atendimento por sofrer com cicatrizes hipertróficas. Esse tipo de cicatriz provoca retrações da pele e por vezes dificulta movimentos como o de elevar braços ou levantar o pescoço", afirma o cirurgião. 

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