O desequilíbrio hormonal interfere na ovulação e aumenta a incidência de cistos nos ovários, fazendo com que a mulher não ovule todo mês. Isso gera um dos principais sintomas de síndrome do ovário policístico, a irregularidade menstrual, com ciclos menstruais muito espaçados ou até ausentes.
O que é síndrome do ovário policístico (SOP)?
A síndrome do ovário policístico (SOP) é caracterizada por cistos nos ovários, um problema hormonal bastante comum em mulheres e pode causar desde sintomas mais leves, como menstruação irregular e espinhas, até complicações mais sérias, como ganho de peso e dificuldade para engravidar. Para se ter uma ideia, trata-se de uma síndrome mais comum em mulheres entre 30 e 40 anos.
O que causa síndrome do ovário policístico?
Ainda não se sabe exatamente o que causa a síndrome do ovário policístico. Muitas pessoas com SOP tem resistência à insulina, acumulando esse hormônio no corpo – no quadro chamado de hiperinsulinismo, o que pode provocar níveis mais altos de hormônios masculinos. No entanto, cerca de 50% das mulheres com essa condição apresentam níveis elevados de insulina no sangue (hiperinsulinismo).
Já as outras mulheres com a síndrome tendem a ter problemas em outras áreas, como no hipotálamo, na hipófise ou nas glândulas suprarrenais, e também produzem uma quantidade maior de hormônios masculinos.
Quais são os sintomas de síndrome do ovário policístico?
Alguns dos principais sintomas da síndrome de ovário policístico são:
Irregularidade menstrual;
Hirsutismo;
Acne: ocorre devido à maior produção de óleo pelas glândulas da pele;
Infertilidade: dificuldade para engravidar.
Como fica a barriga de quem tem SOP?
Mulheres com síndrome do ovário policístico tendem a apresentar com mais frequência acúmulo de gordura na região abdominal, além de altos níveis de gordura no corpo como um todo, aumento de peso e dos níveis de colesterol total e colesterol LDL.
Excesso de pelos: por que ocorre?
Na SOP o corpo da mulher pode produzir uma quantidade maior de hormônios masculinos, como a testosterona. Embora a testosterona seja encontrada naturalmente em mulheres, em níveis elevados ela pode estimular o crescimento de pelos em áreas menos comuns, como no rosto, nos seios e no tórax. Esse crescimento excessivo de pelos é chamado de hirsutismo e é um dos sintomas comuns da SOP.
Menstruação irregular
Em muitos casos, em pessoas com síndrome do ovário policístico, pode ocorrer menstruação irregular, com intervalos longos, com a mulher menstruando poucas vezes ao ano. No entanto, também pode haver menstruações muito intensas ou, ao contrário, a ausência total de menstruação.
Dores
Muitas mulheres com síndrome do ovário policístico relatam sentir cólicas mais intensas do que o normal.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do ovário policístico é realizado pelo ginecologista com base na análise dos sintomas apresentados pela paciente, em um exame físico da região pélvica, além dos resultados de exames de imagem, como o ultrassom transvaginal, e de exames laboratoriais, como a dosagem de FSH, LH, Progesterona, Estradiol, Prolactina, Testosterona, entre outros, para avaliar distúrbios hormonais.
SOP tem cura?
A SOP não tem cura, mas seus sintomas podem ser controlados com diferentes opções de tratamento disponíveis.
Tratamento para síndrome do ovário policístico?
O tratamento da SOP se baseia em mudanças do estilo de vida, como alimentação saudável, prática de atividades físicas e perda de peso.
Para regular o ciclo menstrual e se evitar os danos da hiperestimulação do endométrio (camada interna do útero que fica hiperestimulada na ausência de ovulação) são prescritos anticoncepcionais que, além da regulação do ciclo, também controlam a produção de testosterona e diminuem a acne.
Podem ser utilizados também medicamentos para controle da resistência insulínica e do hirsutismo.
Para as mulheres que enfrentam problemas de infertilidade, pode ser necessário usar medicamentos que induzem a ovulação ou tratamentos hormonais para regular o ciclo menstrual.
Qual médico procurar?
O tratamento deve ser feito com uma equipe multidisciplinar, envolvendo ginecologista e endocrinologista.
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