O nome é pouco conhecido, mas existe sim uma doença chamada Cervicite, que afeta apenas uma parte da população: as mulheres.
Explicamos: o cerviz, cérvix, ou ainda cérvice é a parte mais estreita do colo do útero e tem um formato semelhante ao de um pescoço, projetando-se até o fundo da vagina.
Como a cavidade abdominal da mulher tem comunicação com o ambiente externo, uma das funções do colo do útero é ser uma espécie de guardião, “bloqueando” em alguns casos a entrada de infecções e outras doenças.
A cervicite é a inflamação do colo do útero e pode ser dividia em dois tipos:
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Crônica: sem relação com infecções, mas com trauma, produtos químicos e alergênicos como: látex de preservativos, diafragma, cremes etc.;
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Aguda: infecções frequentemente assintomáticas. Os sintomas dependem da quantidade de tecido e da localização da área afetada.
Quando suspeitar?
Entre os sintomas possíveis estão o corrimento mucopurulento e os sangramentos depois de relações sexuais ou mesmo quando a mulher não estiver em período menstrual.
É importante lembrar que a cervicite pode ser um sinal de alerta, já que as infecções que mais comumente levam ao problema são as sexualmente transmissíveis (DST), entre elas a gonorreia e clamídia. Além dessas, herpes, vaginoses (infecções vaginais) e outras bactérias podem causar o problema, inclusive a tuberculose.
Diagnóstico
O diagnóstico precoce é importante para que o médico trate a doença e evite que o quadro seja agravado. Ao avançar, a cervicite pode causar, por exemplo, infecção de todo o trato genital, do útero (endometrite) e doença inflamatória pélvica aguda.
Esse quadro, quando não tratado, pode causar complicações como infertilidade, risco de gravidez ectópica – gestação que se desenvolve fora do útero – e dor pélvica crônica, entre outros.
Por isso, em caso de corrimento, sangramento, dor durante ou independentemente de relação sexual, procure um ginecologista o quanto antes.
O diagnóstico precoce é importante para que o médico trate a doença e evite que o quadro seja agravado.