Localizado no fundo da vagina, o colo do útero liga o interior desse órgão à cavidade vaginal. É por ele que ocorre a passagem do fluxo menstrual e a entrada do esperma durante as relações sexuais. O câncer do colo do útero é uma doença muito frequente, sendo o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres.
Cerca de 17 mil mulheres a cada ano no Brasil são diagnosticadas com a patologia. Acredita-se que em 99% dos casos estejam relacionados aos vírus do tipo HPV (Papiloma Vírus Humano), que é sexualmente transmissível.
Segundo o especialista em patologia do trato genital inferior do H9J, Dr. Fábio Laginha, o vírus não provoca diretamente o câncer, mas sua ação propicia o aparecimento da doença. "O vírus 'escraviza' as células do colo do útero para se multiplicar. Muitas vezes, nesse processo, a célula acaba perdendo o controle e há um desarranjo em seu código genético, o que dá origem a um tumor maligno", diz Laginha.
A doença costuma se manifestar a partir dos 30 anos, sendo que o maior número de casos ocorre na faixa dos 50 a 60 anos. "Inicialmente não há sintomas. Porém, com a evolução da doença, pode surgir corrimento avermelhado e fétido, sangramento após a relação sexual e dor pélvica", diz o oncoginecologista Dr. Marcelo Simonsen.
A prevenção do câncer de colo de útero deve começar cedo. "Meninas a partir dos 9 anos podem ser vacinas contra o vírus HPV, que além de colaborar para o câncer também pode causar verrugas genitais. Também é importante realizar periodicamente os exames de papanicolau e a colposcopia quando o Papanicolau estiver alterado.
Esses exames podem apontar a existência da infecção e com isso é possível iniciar mais rapidamente o tratamento. O tratamento depende do estágio da doença e pode incluir cirurgia, que pode ser por videolaparoscopia ou cirurgia robótica, cauterização do colo uterino, radioterapia e quimioterapia.
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