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Neurosífilis: conheça o problema e saiba como se prevenir

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Dr. Custódio Michailowsky Leite Ribeiro - Neurocirurgião Atualizado em 15/10/2015

A falta do uso de preservativo durante as relações sexuais vem despertando sinal de alerta entre os especialistas da área. Entre 2007 e 2013, os casos de sífilis adquirida por contato sexual aumentaram em mais de 600% somente no Estado de São Paulo.

De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, o crescimento no número de pessoas infectadas pela doença também foi registrado em 13 dos 14 estados brasileiros que disponibilizaram os números de contágio da doença.

A sífilis é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Ela se apresenta de muitas formas e seus sintomas são extremamente variados. Os mais comuns são lesões de pele que ocorrem nos órgãos sexuais, dor de cabeça, mal-estar, fraqueza generalizada, febre e aparecimento de gânglios na pele.

Uma das complicações desta DST (doença sexualmente transmissível), quando não tratada adequadamente, é o impacto no sistema nervoso central. Em algumas situações, a sífilis também pode atingir o sistema cardiovascular, ossos e peles.

Quando o problema atinge o sistema nervoso central, ocorre o desencadeamento da neurosífilis, doença que pode se desenvolver precocemente ou tardiamente após o contágio da sífilis e atinge, principalmente, os pacientes portadores de HIV.

Entendendo o problema

Em manifestações precoces (nos 10 primeiros anos de contaminação pela DST), os indivíduos podem apresentam sintomas de inflamação das meninges e dos vasos arteriais cerebrais, o que pode causar a meningite ou vasculite. Mas o problema também pode ser assintomático.

Já no caso das manifestações tardias, as que surgem após 10 anos do contágio, a doença acomete a medula espinhal ou o cérebro. Nessa situação, o indivíduo pode apresentar alterações de comportamento, quadro de demência, crise convulsiva e déficit motor com perda da força motora, ou seja, não consegue andar direito, por exemplo. 

Diagnóstico e tratamento

Em caso de dúvidas sobre a existência da doença, o mais indicado é consultar um infectologista o mais rápido possível. 

Para realizar o diagnóstico, o médico se baseia na história clínica do paciente e busca entender mais sobre seus hábitos de vida. Além disso, também solicita exames laboratoriais, exame de liquor e de imagem, como a ressonância magnética do encéfalo ou medula.

O tratamento da doença é feito à base do antibiótico penicilina G benzatina. Porém, sempre deve ser prescrito e acompanhado pelo especialista. A melhor forma de evitar o surgimento desta e outras DST é adotar o uso de preservativos durante as relações sexuais.

Dr. Custódio Michailowsky, neurologista do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho.

Escrito por
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Dr. Custódio Michailowsky Leite Ribeiro

Neurocirurgião
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