A falta de sintomas faz com que muitos desconheçam a hipertensão arterial ou pressão alta. Segundo o Ministério da Saúde, 24,3% dos adultos brasileiros sofrem com a doença e, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, 50% dos pacientes não sabem que são hipertensos. A Dra. Beatriz da Silva Costa, cardiologista do Centro de Cardiologia do Hospital 9 de Julho, acredita que a informação é a melhor forma de se prevenir.
Veja alguns mitos e verdades sobre a hipertensão.
As mulheres sofrem mais com a hipertensão arterial ?
Verdade. A prevalência é mais elevada nos homens até 50 anos, invertendo-se a partir da quinta década e quanto maior a idade, maior a prevalência de hipertensão nas mulheres chegando a mais de 60% de mulheres hipertensas após os 75 anos.
A hipertensão raramente apresenta sintomas.
Verdade. A doença é considerada assintomática e de evolução lenta que, sem tratamento adequado, pode provocar complicações graves, tais como Infarto Agudo do Miocárdio, Acidente Vascular Cerebral e Insuficiência Renal Crônica Terminal.
A pressão alta pode ser controlada somente com alimentação balanceada e exercício físico.
Mito. Mudança de estilo de vida e hábitos saudáveis são recomendados na prevenção da hipertensão em indivíduos com pressão arterial no limite. Em pacientes de baixo risco cardiovascular mantém-se uma alimentação balanceada, exercícios físicos, cessação de tabagismo por seis meses. Se não houver controle, iniciar tratamento medicamentoso. Em pacientes com risco cardiovascular moderado ou elevado, é preciso iniciar logo a medicação e incentivar a mudança do estilo de vida.
O álcool aumenta a pressão arterial e deve ser evitado por quem é hipertenso.
Verdade. A ingestão de álcool por períodos prolongados de tempo pode aumentar a pressão arterial. A ingestão de bebida alcoólica deve ser de no máximo 30g de etanol ao dia para homens e a metade para as mulheres.
Situações de estresse aumentam a pressão arterial.
Verdade. Fatores psicossociais, econômicos, educacionais e estresse emocional participam do desencadeamento e da manutenção da hipertensão e podem funcionar como barreiras para a adesão ao tratamento e mudança de hábitos.
A especialista lembra, porém, que as informações não substituem o acompanhamento de um médico.
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