Todos já ouvimos falar sobre cálculo renal, mais conhecido como pedra nos rins, mas pouca gente conhece o cisto renal. Essa é uma alteração que pode ser encontrada em até 15% dos pacientes acima de 70 anos.
Apesar de ambos atingirem os rins, cistos e cálculos são totalmente diferentes. Os cistos têm conteúdo líquido e, na maior parte das vezes, são assintomáticos. Já os cálculos são sólidos, formados por cristais de cálcio que se juntam na urina, formando as pedras.
Os cistos são ainda divididos entre simples e complexos: os simples são apenas uma bolha com conteúdo líquido. Já os complexos têm alterações como septos ou partes sólidas.
Causas
Os cistos podem ter causa genética, podem ser causados por entupimento de um dos canais dos rins que filtram o sangue e produzem a urina, ou ainda por causa indeterminada.
Na maior parte das vezes eles não apresentam sintomas, porém os cistos maiores podem causar dor lombar e sangramento microscópico na urina. E mais: eles podem crescer a ponto de se tornaram palpáveis na barriga.
Diagnóstico
A detecção costuma ser feita em exames de rotina como um ultrassom ou uma tomografia. Quando identificado, o médico recorre a uma ressonância para definir a classificação do cisto.
Os cistos podem ser classificados em quatro tipos. Essa classificação está relacionada com a chance de ser um tumor maligno:
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Tipo I: chance zero
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Tipo II: chance de cerca de 5%
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Tipos III e IV: chances de 40% a 80% de serem um tumor maligno.
Por isso, os cistos dos tipos I e II são acompanhados com exame anual de imagem, sem a necessidade de extração se não estiverem causando sintomas.
Já os tipos III e IV são tratados cirurgicamente, devido ao alto risco de malignidade, mesmo que assintomáticos.